A música internacional sempre fez parte da nossa carreira. Nos anos 80, antes da nossa parceria e mesmo de nos conhecermos, eu sempre cantei a música internacional, o que me levou a ser destaque em vários locais, muitas vezes contratada por essa afinidade.
Em 83, nos conhecemos e unimos nossa arte e nossas vidas e nosso trabalho era brilhante. Viagens, trabalhos em grandes hotéis internacionais, onde a música americana, francesa, latina, italiana e até o Fado, faziam a diferença no repertório.
Em 83, fui eleita a Rainha dos Músicos e Compositores Mineiros e o ano foi todo de badalações na imprensa. Depois disso, a imprensa nunca deixou de acompanhar minha carreira.
Nos anos 90, começamos a cantar o Fado e conhecemos um autêntico fadista português: Raul Augusto. Com Raul, tomamos gosto pelo Fado e fomos levados a cantar no Centro da Comunidade Luso Brasileira ou, o que chamamos de Colônia Portuguesa. Nunca mais deixamos de cantar lá em todos esses anos e me tornei a Fadista oficial da casa.
A música italiana, que trago no sangue por descendência materna, sempre foi destaque nas muitas festas típicas em que participamos.
Não quer dizer que não gostamos da música popular brasileira, amamos os grandes compositores do passado e muitas músicas eternas que batem forte no peito, mas o que fazem hoje da nossa MPB, já não nos causa emoção.
